imagem de post sobre contracepcao de emergência com uma mulher refletindo.

Contracepção de emergência: Quais são as melhores opções para evitar uma gravidez indesejada?

Fez sexo sem proteção e não sabe o que fazer? Conheça as principais opções de contracepção de emergência e como utilizá-las de forma segura e eficaz.

 

Já passou por aquela situação de desespero ao perceber que a camisinha estourou no meio da relação ou só de lembrar que fez sexo sem ter tomado a pílula da maneira correta? 

É para situações como estas que existe a chamada contracepção de emergência. Diferente dos métodos contraceptivos tradicionais, a contracepção de emergência pode ser utilizada para reduzir a chance de gravidez em casos de relações sexuais sem proteção ou após a falha de um método contraceptivo.

Mas, quais são as opções disponíveis? Com certeza, você já deve ter ouvido falar da famosa “pílula do dia seguinte”, que é o método mais tradicional e acessível para contracepção de emergência.

Outra opção não tão conhecida para esse fim, é o DIU de cobre. Diferente da pílula do dia seguinte, o DIU de cobre é geralmente associado com os métodos contraceptivos tradicionais e por isso, sua aplicação como contracepção de emergência não é tão difundida entre as mulheres.

Para te ajudar a escolher qual é o melhor método de contracepção de emergência para você, eu selecionei as principais informações sobre cada um deles, vamos lá?

 

Pílula do dia seguinte

Quais são os tipos de pílula do dia seguinte?
 

Para começar, é importante que você saiba que a pílula do dia seguinte pode ser encontrada em duas versões: A mais comum, ou tradicional, é a “Pílula de Levonorgestrel” geralmente encontrada em dose única.

Ela tem uma eficácia de aproximadamente 85 a 89% e precisa ser tomada dentro de 72 horas após o sexo sem proteção.

Mas, como ela funciona na prática? Essas pílulas atuam principalmente atrasando ou impedindo a ovulação. Ou seja, ela impede que o seu ovário libere um óvulo. Além disso, elas também podem tornar o muco cervical mais espesso, o que dificulta a movimentação dos espermatozoides até o óvulo.

A outra opção é a “Pílula de Acetato de Ulipristal”, que possui ação prolongada. Ela tem uma eficácia de cerca de 85% ou mais e tem um prazo maior para ser tomada, o que deve acontecer dentro de 120 horas (5 dias) após o sexo sem proteção.

Mas, olha só! Diferente da “Pílula de Levonorgestrel”, essa opção requer receita médica.

Este tipo de pílula também funciona impedindo ou atrasando a ovulação. Mas, ela é um pouco diferente que a tradicional, e até considerada mais eficaz em alguns casos, porque interfere diretamente com os receptores da progesterona, um hormônio que prepara o útero para a gravidez.

 

Como adquirir a pílula?
 

Você pode comprar a “Pílula de Levonorgestrel” diretamente na farmácia de sua escolha, os preços geralmente variam entre 15 a 30 reais. Já a “Pílula de Acetato de Ulipristal” requer receita médica e é um pouco mais cara, com os preços variando entre 40 a 100 reais.

Mas quem avisa, amiga é! A pílula do dia seguinte pode ser encontrada de forma gratuita nas unidades básicas de saúde do Brasil. Para adquirir o medicamento, basta comparecer a uma unidade básica de saúde, com um documento de identificação com foto, e informar que deseja adquirir a pílula do dia seguinte. Não é preciso apresentar comprovante de renda e nem pedido médico, para a pílula tradicional (Levonorgestrel).

E pode deixar a vergonha e a insegurança de lado! Mulheres que buscaram a pílula do dia seguinte pelo SUS contaram que tiveram uma experiência positiva, com um atendimento rápido e eficiente e sem nenhum tipo de discriminação ou julgamento.

 

Quais são os efeitos colaterais?
 

Uma das maiores inseguranças das mulheres com a “pílula do dia seguinte”, são os efeitos colaterais. Os mais comuns incluem: náuseas, dor abdominal, fadiga, dor de cabeça, tontura e sensibilidade nos seios. A boa notícia é que a pílula tradicional (Levonorgestrel) pode ser utilizada de forma emergencial também por mulheres que amamentam!

E sim: a pílula também pode afetar o ciclo menstrual, adiantando ou atrasando a menstruação em alguns dias. E algumas pessoas também relatam sangramento ou sangramento de escape (spotting) fora do período menstrual.

Mas, é importante lembrar que em casos de efeitos colaterais mais graves, como fortes dores abdominais ou sinais de uma reação alérgica (como inchaço no rosto ou dificuldade para respirar), é preciso procurar atendimento médico imediatamente.

E se houver vômito até uma hora após tomar as pílulas, será necessário tomar outra dose em conjunto com um remédio para náuseas.

 

Quais são as contraindicações da pílula?
 

Antes de tomar a pílula do dia seguinte, é importante conhecer suas contraindicações. São elas:

  • Alergia ao princípio ativo, Levonorgestrel ou Acetato de Ulipristal, ou qualquer componente da pílula.
  • Suspeita de gravidez.
  • Algumas condições médicas como doenças do fígado, tromboembolismo ou histórico de coágulos sanguíneos (apesar do risco para esse último ser baixo).
  • Mulheres que por alguma condição médica não podem fazer uso de medicamentos a base de hormônios.
 
Quais remédios podem interferir na eficácia da pílula?
 

Alguns medicamentos podem interferir na eficácia em cada tipo da pílula do dia seguinte. Confira os principais deles abaixo:

     “Pílulas de Levonorgestrel”

  • Alguns anticonvulsivantes, como fenitoína, carbamazepina e oxcarbazepina.
  • Medicamentos para tratar a tuberculose, como a rifampicina e a rifabutina.
  • Alguns medicamentos antirretrovirais utilizados no tratamento do HIV.
  • Produtos contendo erva de São João (Hypericum perforatum).

    “Pílulas de Ulipristal Acetato”

  • Medicamentos para tratar a tuberculose, como a rifampicina e a rifabutina.
  • Alguns anticonvulsivantes.
  • Medicamentos antirretrovirais.
  • Antifúngicos como cetoconazol.
  • Glucocorticoides, como a dexametasona.

E embora comumente se fale sobre o risco de antibióticos serem responsáveis por uma alteração na flora bacteriana intestinal e causarem a diminuição da absorção dos hormônios de anticoncepcionais, não há nenhuma comprovação científica do fato e a OMS coloca restrição apenas sobre a rifampcina ou rifambutina, usados no tratamento de doenças como tuberculose, já que esses medicamentos podem alterar a forma como o corpo absorve o remédio.

 

DIU de cobre

O segundo método de contracepção de emergência é o DIU de cobre. Embora, seja geralmente apenas associado como um método de contracepção tradicional, o DIU de cobre também pode ser utilizado como contraceptivo de emergência. Mas, para tanto, ele deve ser inserido por um profissional de saúde em até 5 dias após o sexo sem proteção.

Para inserir o DIU, é necessária a consulta com um médico ginecologista, médico da família ou enfermeira especializada. Mas, fica o alerta: sua inserção pode ser desconfortável ou causar cólicas. Para minimizar esses sintomas, procure um profissional especializado!

Os valores para inserção do DIU também são bem mais altos que o da pílula, ficando na faixa 150 a 400 reais, a menos que esteja coberto pelo plano de saúde do paciente.

O DIU de cobre tem uma eficácia de mais de 99%, sendo inserido em até 5 dias após a relação sexual e após a inserção, oferece contracepção de longo prazo. E, ao contrário da crença popular, o DIU de cobre não é abortivo, funcionando principalmente como um contraceptivo, que evita que a fecundação (encontro do óvulo com o espermatozóide) aconteça.

 

Quais são as contraindicações do DIU de cobre?
 

Assim como os demais métodos, o O DIU de cobre também tem contraindicações. São elas:

  • Infecção pélvica ou risco elevado de infecções.
  • Alergia ao cobre.
  • Deformidade ou condição do útero que impeça a inserção correta.
  • Gravidez confirmada ou suspeita.
  • Sangramento vaginal inexplicado.
 
Quais são os efeitos colaterais do DIU de cobre?
 

O DIU de cobre pode causar alteração no período menstrual da mulher, deixando-os mais longos e mais pesados. Mas, não se preocupe, com o tempo isso tende a normalizar e o quadro pode ser manejado com ajuda de profissionais de saúde especializados.

 

Conclusão

 

A contracepção de emergência é uma opção para evitar gravidez indesejada, mas para aumentar sua chance de eficácia, deve ser aplicada o mais rápido possível após a relação sem proteção.

A pílula do dia seguinte é a opção mais barata e acessível, podendo ser comprada em farmácias ou retirada gratuitamente em unidades básicas de saúde pelo SUS.

A pílula tradicional possui de 85 a 89% e deve ser tomada dentro de 72 horas após a relação. Já a de ação prolongada tem 85% ou mais de eficácia e pode ser tomada em até 5 dias após a relação. A aquisição da pílula de ação prolongada requer receituário médico.

O DIU de Cobre também pode ser uma opção de contracepção de emergência. A opção é mais cara que a pílula do dia seguinte, mas após a inserção funciona como um contraceptivo a longo prazo. O DIU de Cobre precisa ser inserido por um profissional de saúde em até 5 dias após a relação.

É importante salientar que os métodos apresentados nesse artigo, só apresentam eficácia contra gravidez e não contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Portanto, em casos de relações de risco, deve-se optar por fazer também um check-up para DSTs.

Se você ainda ficou com dúvidas sobre qual é o método de contracepção ideal, recomendamos que você faça uma consulta com um profissional especializado. E fica a dica: precisando de especialistas em ginecologia e obstetrícia? Tem na Evah.

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